A Região do Douro é uma das mais importantes e antigas regiões demarcadas do mundo. A cultura da vinha na Região perde-se
na poeira dos tempos, sendo conhecido o seu incremento no período da ocupação romana. No século XII, a partir da independência
de Portugal, inicia-se o desenvolvimento da viticultura no Vale do Douro e as primeiras exportações, para França, remontam
aos séculos XIII expandindo-se no século XIV. Só no século XVII, surge a primeira referência à denominação “Vinho do
Porto”, aplicada ao Vinho do Douro.
No ano de 1660, as divergências políticas entre a França e a Inglaterra
eram já uma constante. Na querela, o Ministro francês Colbert impôs elevadas taxas à exportação dos vinhos de Bordéus para
Inglaterra. Em resposta, o monarca inglês, Carlos II, decide boicotar a importação dos vinhos de Bordéus.
Este episódio
viria a marcar decisivamente a vocação internacional do Vinho do Porto. Foi a partir dessa medida do Rei D. Carlos II que
os comerciantes de Plymouth, Bristol e Londres descobriram as virtudes dos Vinhos do Vale do Douro, graças às notícias que
lhes chegavam da colónia Inglesa de comerciantes que florescia no Porto. Em 1703, é celebrado o Tratado de Methuen.
Em
1756, dando início à demarcação da Região do Douro, o Ministro do Rei D. José, Sebastião José de Carvalho e Melo, mais tarde
tornado Marquês de Pombal, criou a Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro.

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